Karatê – Na prática, 3 grandes escolas

Quando pensamos em karatê, imediatamente nos vem à mente os diferentes estilos existentes, populares ou não.

Esses diferentes estilos ou escolas são identificadas por Ryu, Kai, Ha, Kan.

No entanto, se observarmos bem, notaremos apenas três grandes sistemas ou formas de praticar apesar das diferenças aparentes entre elas.

Essas três grandes escolas abrangem dentro de suas respectivas categorias, os inúmeros estilos conhecidos.

São elas, a escola tradicional, a escola de contato e as escolas modernas chamadas de combate.

Escolas Tradicionais

Nessa categoria se inclui os estilos tradicionais japoneses ou de Okinawa como Shotokan, Goju ryu, Shito Ryu, Uechi Ryu e todos aqueles conhecidos por seu método tradicional de treinamento baseado em Kihon, Kata e Yakusoku Kumitê, possuindo cada qual suas próprias maneiras, focos e variações de treino conforme passados através das gerações.

No entanto, a similitude geral do modelo de treinamento permite o enquadramento deles nessa categoria.

As escolas tradicionais se destacam pelo aprimoramento biomecânico e ênfase filosófica dada aos ensinamentos.

Escolas de Contato

Nascidas das escolas tradicionais, essas escolas tiveram início com o estilo Kyokushin fundado por Masutatsu Oyama.

Com ênfase no contato, acabaram por desenvolver um modelo de treinamento singular baseado no endurecimento e na resistência de seus praticantes priorizando a luta de curta distância.

Devido a experiências prévias e desafios empreendidos contra outros lutadores, o Kyokushin sofreu influência de artes marciais como o Muay Thai, Taekwondo e Judô.

Mesmo operando sob o tripé classíco de Kihon, Kata e Kumitê, a vertente de contato se vale deles de forma própria que basta ver um treino para identificar na hora quando é uma escola de contato ou uma escola tradicional.

Após o nascimento do Kyokushin, muitos alunos dissidentes da organização inicial, fundaram suas próprias escolas mantendo a nota original, porém implementando particularidades e adaptações conforme suas ideias e necessidades pessoais. Assim surgiram por exemplo, as escolas Enshin, Seido, Shido, Oyama, Ashihara, entre outras.

Escolas de Combate

Como última inovação e derivadas das anteriores, surgiram as escolas híbridas que prometem um combate amplo abrangendo a luta em pé, as projeções e a luta no solo.

Influenciadas pelo MMA, beberam de outras fontes e trouxeram para seu currículo as técnicas que caracterizam a mistura de artes marcias.

Nessa categoria as escolas que se destacam são o Kudo, o Karatê Zendokai e o Karatê Jutsu.

Vale ressaltar que algumas organizações tradicionais também estão lenta, mas progressivamente implementando competições híbridas como o IrikumiGo do Goju Ryu e o Karatê Mix da federação Francesa.

Com toda certeza, essas regras influenciarão as formas de treinar dos Karatecas fazendo-os pouco a pouco dominar regiões da luta dormentes nas categorias tradicional e de contato.

Obs: Seria possível acrescentar também um quarto modelo ou categoria de Karatê, o modelo esportivo, no entanto, esse envolve uma mudança tal de paradigma que não se enquadra no escopo da arte marcial chamada Karatê, por isso, não o incluo como escola de Karatê, mas sim, somente como esporte.

Competições como o Karatê Combat não foram tratadas por serem regras que reúnem praticantes das três escolas citadas, não constituindo assim, uma categoria a parte.

OSS!